Estudantes do IFSP - Campus Presidente Epitácio realizam atividades sobre a Consciência Negra
Engajados no combate ao racismo, estudantes do IFSP - Presidente Epitácio realizam exposição e seminários sobre a Consciência Negra.
Engajados no combate ao racismo, estudantes do IFSP – Presidente Epitácio realizam exposição e seminários sobre a Consciência Negra.
Entre os dias 13 e 22 de novembro de 2024, estudantes do 2º e do 6º termo do curso de Licenciatura em Pedagogia do IFSP – Presidente Epitácio realizaram uma exposição sobre a Consciência Negra. Sob a orientação dos Professores Pricila Paixão Martins Rosa (História e Cultura Afro-brasileira e Indígena) e Lincoln Menezes de França (Sociologia da Educação), os estudantes expuseram obras, esculturas, pinturas, cartazes e atividades reflexivas.
Obras autorais de estudantes, bem como releituras foram expostas. Intelectuais negros brasileiros como Lélia Gonzalez, Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo e Luiz Gama foram exaltados e suas biografias descritas.
Além disso, no dia 09 de novembro de 2024, estudantes dos primeiros e segundos anos dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio realizaram seminários sobre a consciência negra. Os temas abordados foram os seguintes: povos africanos pré-colonização, a escravidão no Brasil, os quilombos, a desigualdade racial pós-abolição, a violência contra o negro no Brasil e a intolerância religiosa, o movimento negro no Brasil, o negro na literatura e na música brasileira e a desigualdade racial e tecnologia.
Sobre os povos africanos pré-colonização, os estudantes destacaram a diversidade religiosa, a riqueza cultural, as artes, a força militar e a complexidade política e econômica de diversos povos africanos que influenciaram a formação da cultura brasileira.
Ao tratar acerca dos quilombos, os estudantes destacaram a resistência dos negros nas lutas contra a opressão.
No que se refere à desigualdade racial pós-abolição, foi mostrado como se estruturou historicamente a marginalização da população outrora escravizada, considerando a Lei de Terras de 1850 que instituiu a terra como propriedade privada, impedindo que os negros tivessem acesso a terras no Brasil depois da abolição da escravidão.
Os estudantes também ressaltaram as desigualdades estatísticas entre brancos e negros no que se refere à violência e encarceramento, evidenciando o racismo estrutural em nosso país.
Também foi abordada a reflexão acerca das religiosidades afro-brasileiras e como na atualidade ainda há violência contra essas religiosidades.
As lutas do Movimento Negro foram tratadas pelos estudantes no sentido de evidenciar que as conquistas históricas se devem às lutas do Movimento Negro. Heróis como Luiz Gama, Luiza Mahin e Lélia Gonzalez foram citados.
Foram ressaltadas as grandes contribuições dos negros para a cultura brasileira, especialmente na intelectualidade, na música e na literatura. Nomes como Lélia Gonzalez, Jorge Ben Jor, Djonga, Djavan, Elza Soares, Iza, Conceição Evaristo e Elizandra Souza foram apresentados.
Os seminários foram orientados pelo Prof. Lincoln Menezes de França (Sociologia), que demonstrou profunda satisfação com a qualidade dos trabalhos e as reflexões desenvolvidas.
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