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AfroIF: webinar apresenta diagnóstico sobre práticas antirracistas no IFSP

Encontro acontece na sexta (17), às 10h, no canal do IFSP no YouTube

  • Publicado: Quarta, 15 de Setembro de 2021, 17h44
  • Última atualização em Quarta, 15 de Setembro de 2021, 17h48

No próximo dia 17 de setembro, pesquisadores do projeto “AFROIF: Currículo Pensamento Decolonial e Formação Docente” realizam webinar para apresentar aos docentes e à comunidade acadêmica o diagnóstico obtido por meio de pesquisa feita com 318 professores dos 36 câmpus do IFSP. A apresentação acontece pelo Canal Oficial do IFSP no YouTube, às 10h. Os participantes também serão informados sobre os processos formativos programados para a próxima fase do projeto.

A pesquisa e a análise diagnóstica levantaram dificuldades, limitações, experiências relevantes e potencialidades que os docentes possuem na abordagem da temática em disciplinas que ministram na Instituição. O objetivo é promover uma ação educativa orientada à reeducação das relações étnico-raciais e de gênero, desenvolvendo uma proposta pedagógica com perspectiva nas histórias e culturas africana, afro-brasileira e indígena. 

De acordo com Caroline Jango, coordenadora do projeto AfroIF, “o diagnóstico traz informações importantes, que servem de base para a próxima etapa, que visa oferecer ações que viabilizem a consolidação dos conhecimentos afrocentrados, também pautados na construção dos Currículos de Referência da Educação Básica do IFSP (CRs)". Estão previstas junto ao corpo docente ações concretas de formação teórica e prática para a inserção efetiva da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena no nosso currículo e prática pedagógica.

As informações sobre os processos de formação continuada serão enviadas ao e-mail dos professores inscritos nas ações formativas. O projeto ainda prevê, além de espaços permanentes de escuta, trocas de experiências e saberes decoloniais, e a criação de núcleos de produção de materiais didáticos e de referência que apoiem a ação educativa nas diversas áreas do conhecimento com perspectiva nas africanidades. Os câmpus Hortolândia, Sertãozinho e São Miguel Paulista receberão os núcleos, denominados “Ubuntu Maker”.

Para apoiar a criação desses espaços, o projeto AfroIF doou dois kits de livros da coleção feminismos plurais para cada um dos 36 câmpus do Instituto. Cada kit possui nove livros; ao todo, portanto, a Instituição recebeu 648 livros para ampliar seus acervos com literatura específica sobre a temática étnico-racial e de gênero.

Estão previstos sete encontros formativos, com oferta de conteúdos dentro das áreas do conhecimento em que os docentes atuam predominantemente. Haverá certificação para aqueles que participarem de, no mínimo, cinco dias de atividades.

Confira o cronograma, assuntos e horários:

Dia 27/09 – Espaço de troca e escuta, vinculação do grupo a proposta, acolhimento (17h30 – 19h)

Dia 11/10 – Filosofia Ubuntu, Espaços colaborativos, coletivos, Cultura Maker. (17h30-19h)

Dia 25/10 – Exemplos de práticas pedagógicas desenvolvidas internamente, compartilhamento/trocas. (17h30 – 19h)

Dia 08/11 – Exemplos de práticas pedagógicas desenvolvidas em outras instituições de ensino por área. (17h30 – 19h)

Dia 22/11 – Interconexão de saberes inter e multidisciplinaridade. (17h30 -19h)

Dia 06/12 – Desenvolvimento de propostas para estudantes e posterior diálogo dos resultados - parte I(17h30 – 19h)

Dia 10/12 - Mestres de Culturas Tradicionais  conhecimentos ancestrais (indígenas, africanas e afro-brasileiras). (17h30 – 19h)

 O projeto

O “Projeto AfroIF — currículo, pensamento decolonial e formação docente”, elaborado por um grupo de servidores do IFSP e coordenado pela pedagoga e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), Caroline Jango, é um dos 15, entre os 605 submetidos em todo o Brasil, aprovados pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), iniciativa do Itaú Social em parceria com o Instituto Unibanco, a Fundação Tide Setubal e a Unicef. 

As ações visam ainda ao atendimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir a obrigatoriedade das temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. 

Saiba mais em https://editalequidaderacial.ceert.org.br/#sel.

Leia também: https://www.ifsp.edu.br/component/content/article/17-ultimas-noticias/2286-projeto-afroif-doa-livros-sobre-a-tematica-etnico-racial-e-de-genero-aos-campus-do-ifsp

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