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FIQUE DE OLHO NOS SEUS DIREITOS: VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Publicado: Quinta, 23 de Abril de 2020, 14h19 | Última atualização em Segunda, 18 de Mai de 2020, 13h23

O Comitê para a Promoção dos Direitos Humanos, Igualdade Étnico-Racial e de Gênero do IFSP Câmpus Presidente Epitácio coloca em foco a garantia de direitos e chama a atenção da comunidade para ficar de olho nos seus direitos nesse período de quarentena para combater e minimizar as consequências da pandemia pelo COVID-19.

O primeiro tema abordado na campanha educativa “Fique de olho nos seus direitos em tempos de pandemia”, promovida pelo comitê, será a violência contra as mulheres.

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação de direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Ela é estruturante da desigualdade de gênero.

A violência contra as mulheres se manifesta de diversas formas, como é observado no conceito definido na Convenção de Belém do Pará (1994), definindo violência contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado”.

A violência atinge mulheres e homens de formas distintas. Grande parte das violências cometidas contra as mulheres é praticada no âmbito privado, enquanto que as que atingem homens ocorrem, em sua maioria, nas ruas. Um dos principais tipos de violência empregados contra a mulher ocorre dentro do lar, sendo esta praticada por pessoas próximas à sua convivência, como maridos/esposas ou companheiros/as, sendo também praticada de diversas maneiras, desde agressões físicas até psicológicas e verbais. Onde deveria existir uma relação de afeto e respeito, existe uma relação de violência, que muitas vezes é invisibilizada por estar atrelada a papéis que são culturalmente atribuídos para homens e mulheres. Tal situação torna difícil a denúncia e o relato, pois torna a mulher agredida ainda mais vulnerável à violência. Pesquisa revela que, segundo dados de 2006 a 2010 da Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os dez países com maior número de homicídios femininos. Esse dado é ainda mais alarmante quando se verifica que, em mais de 90% dos casos, o homicídio contra as mulheres é cometido por homens com quem a vítima possuía uma relação afetiva, com frequência na própria residência das mulheres.

Durante a pandemia pelo covid-19, tem sido recomendado o isolamento social, o que traz uma situação de risco para vítimas de violência doméstica, ou seja, conviver mais tempo com o agressor, muitas vezes uma convivência forçada, somada a outros estressores, como dificuldades financeiras, também agravadas na pandemia, e o próprio medo da doença.

Diante disso, todos temos o dever de combater a violência contra a mulher, para isso a abordagem indicada é o acolhimento das vítimas sem preconceito e julgamento, promovendo apoio e empatia e, o mais indicado, denúncias e encaminhamento da situação para os órgãos competentes.

 

 

Para saber mais acesse:

http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/areas-tematicas/violencia  Acesso 29/03/2020.

https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,quarentena-de-covid-eleva-risco-de-violencia-domestica-canais-online-sao-alternativas-para-denuncia,70003258698. Acesso e, 19/04/2020

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5669:folha-informativa-violencia-contra-as-mulheres&Itemid=820

 

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